quarta-feira, outubro 14, 2009

Atenção baladeiros de plantão! Nesta sexta, dia 16/10, teremos mais uma edição da festa do meu bom amigo Bilby Sweet, no Eclipse Studio Bar. A So Sweet vai rolar com um novo concurso "A Garota do Flyer", sorteio de uma tatoo, promoção de 3 cervejas a R$10,00 até a meia noite. E especial, a cada 5 cevas que você comprar, ganha uma caipa Sweet de brinde! =D

No som teremos o próprio Gilby discotecando muito hard rock pra galera!

Então, como eu sempre digo amigos, nada de ficar criando mofo em casa, bora sair e farrear!

P.S.: Sim, a atual garota do flyer sou eu. Mas quem diria! XD


domingo, outubro 11, 2009


O Pequeno Príncipe e as Relações Humanas


Antoine de Saint Exupéry é um autor que considero genial entre os muitos que constam na minha lista de favoritos. Mas Antoine já ocupava um lugar especial na minha vida mesmo antes de eu começar a guardar nomes de livros e autores, antes mesmo que eu começasse a ler de fato. Seu livro mais conhecido constava entre as obras que minha mãe lia para mim, e era a história mais seguida por um “lê de novo, mãe!”, à noite, antes de eu dormir.
O Pequeno Príncipe fazia parte do meu dia também. Eu via o desenho, assistia ao filme, depois de alfabetizada, lia o livro, e não me cansava das passagens lindas que nele havia. Mas naquela época, fazia tudo isso com olhos de criança, e quando cheguei à adolescência, deixei um pouco de lado o Principezinho e suas façanhas, afinal, era um livro de criança! Ou não?
Não faz muito tempo, um amigo me chamou a atenção para O Pequeno Príncipe mais uma vez, e eu, pelo saudosismo do tempo em que lia o livro quase todos os dias, o peguei na prateleira onde estava, e tornei a ler. Foi então que o assombro tomou conta do cenário e eu me dei conta da grandeza real desta obra de Antoine.
Sim, o livro serve bem demais para as crianças, mas meu pasmo foi por perceber como ele se aplica bem aos adultos também! Ele está repleto de considerações sobre as boas e más atitudes humanas, e suas relações umas com as outras. É uma crítica a ganância, ao exagero, ao desrespeito, e uma reflexão sobre a fugacidade da vida, sobre a inocência, sobre as pequenas coisas que nos esquecemos de observar, entre muitas outras considerações.
Mas a passagem que mais me chamou a atenção e se tornou minha preferida, e que por uma feliz coincidência, já era minha preferida nos tempos de criança (por motivos distintos, claro), e agora tomava proporções maiores, aos meus olhos adultos, é a passagem da raposa.
No momento em que o príncipe tem seu diálogo com a misteriosa e tímida raposa, vislumbramos uma verdade ignorada pela maioria sobre os laços entre as pessoas, tanto laços de amor quanto laços de amizade e família. O ato de cativar.
De uma maneira terna e simples, através da inocência de seu Príncipe e da paciência da raposa, Antoine mostra como é simples nos apegarmos uns aos outros na vida, como é fácil alguém se tornar especial para nós.
O Pequeno Príncipe é um livro de 1943, mas está muito atual para nossa realidade de 2009. As pessoas não se dão mais ao trabalho de criar laços, não se aproximam o suficiente umas das outras a ponto de se tornarem especiais. Tudo é extremamente efêmero e superficial para a maioria, e uns poucos e bravos ainda se dedicam a cativar aqueles ao seu redor. Isso tem muito haver com o fato de que nossa sociedade se tornou muito irresponsável. Nós não pensamos muito no que fazemos e dizemos, simplesmente agimos e muitas vezes passamos por cima dos direitos e sentimentos alheios. Andamos extremamente egoístas, nos preocupando apenas como nosso prazer, nossa satisfação pessoal, e não nos damos conta muitas vezes, de que estamos passando por cima dos outros pra conseguir o que queremos.
O Principezinho e a sábia raposa têm algo muito intenso para nos contar no seu convívio sincero e dedicado, e se resume as frases que mais adoro desta passagem, ditas pela raposa no momento em que o Príncipe está de partida: “só se vê bem com ocoração. O essencial é invisível para os olhos. Foi o tempo que dedicaste a tua rosa que a fez especial. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Os homens esqueceram esta verdade, mas tu não a deves esquecer”.
Nós tampouco podemos esquecer-nos disto. Havemos de ser mais responsáveis pelos nossos atos e por nossas palavras, temos de pensar mais nos outros e em seus sentimentos. Temos de ser mais responsáveis, pois isso vai facilitar a vida de todos nestes tempos em que tudo está tão confuso.
Antoine sabia muito bem o que estava dizendo, através do seu Pequeno Príncipe e a esperta raposa. Criar laços envolve riscos sim, mas é uma experiência tão enriquecedora e repleta de momentos maravilhosos, que vale a pena passar por ela, vale a pena se envolver e tornar-nos responsáveis por quem nos importamos!
A vida agradece. Imensamente! =D